No ensejo do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Prefeitura Municipal de Alagoinhas, por meio da Secretaria de Assistência Social (SEMAS), reitera que as Carteiras de Identificação da Pessoa com TEA (CIPTEA) podem ser feitas na sede da SEMAS, na Avenida Luiz Viana, de segunda à sexta, no horário comercial. O requerimento de solicitação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – CIPTEA também está disponível no site oficial da Prefeitura de Alagoinhas – Acesse Aqui!
Ofertada gratuitamente, ela permite identificar a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em espaços públicos e privados, evitando constrangimentos para os portadores de TEA (e seus familiares), incluindo os não apresentam características visíveis, mas precisam de prioridade em filas e atendimentos diversos.
Desde o lançamento, em Agosto de 2023, já foram emitidas mais de 180 unidades da CIPTEA, garantindo direitos e reduzindo a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.
Criada no Brasil através da Lei Federal 13.977, de 2020 (Lei Romeo Mion), a carteirinha de identificação foi lançada, em Alagoinhas, através da Lei Municipal 2.695/2023 que institui a Política Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, via Decreto Municipal 6.013/2023, que regulamenta a Lei Municipal 6.013/2023 sobre a emissão da CIPTEA, e da Portaria SEMAS 022/2023, a qual dispõe sobre a elegibilidade e procedimentos necessários para a emissão da CIPTEA.
1ª Caminhada do Dia Mundial de Conscientização do Autismo
A fim de conscientizar a população sobre o TEA, foi realizada, nesta terça-feira (02), a 1ª Caminhada do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que saiu da prefeitura e seguiu até a Praça Ruy Barbosa, com a entregues panfletos aos transeuntes nas ruas, praças e semáforos.
Organizada pela AMA, com apoio da Prefeitura de Alagoinhas, por meio da SEMAS também participaram da atividade os Amigos dos Autistas de Alagoinhas (AADAA), Ativos no TEA, Pestalozzi e APAE.
Entenda o TEA
O transtorno do espectro do autismo (TEA) aparece na infância e muitas vezes persiste na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, manifestam-se nos primeiros 5 anos de vida. Pessoas afetadas pelo TEA geralmente apresentam comorbidades como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível de inteligência varia muito de caso para caso, desde uma deterioração grave até capacidades cognitivas mais elevadas.
Embora algumas pessoas com transtorno do espectro do autismo possam viver de forma independente, outras com deficiências graves requerem atenção e apoio contínuos ao longo da vida. Intervenções psicossociais baseadas em evidências, como terapia comportamental e programas de formação de pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas com PEA e dos seus cuidadores. As intervenções para pessoas com PEA devem ser complementadas por uma ampla gama de atitudes e medidas para garantir que o ambiente físico e social seja acessível, inclusivo e acolhedor.
Sintomas:
Os sintomas podem ser divididos em 3 grupos, de acordo com o quadro clínico:
– ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
– o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
– domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento:
Por se tratar de um transtorno crônico, o tratamento deve ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico, em conluio com uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível presença e orientação dos pais ou cuidadores (exceto nos casos mais leves). É importante um programa de intervenção personalizado, pois os graus variam de uma pessoa a outra.
Confira imagens da 1ª Caminhada do Dia Mundial de Conscientização do Autismo:
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