Sexta, 22 de Novembro de 2024
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Brumado VLI - Magnésita

Devolução do trecho da Ferrovia Minas-Bahia pela VLI ameaça Magnesita em Brumado

Desativação do trecho ferroviário pode gerar impactos negativos na produção e logística da empresa, além de prejudicar o meio ambiente e a economia regional

22/06/2024 15h18 Atualizada há 5 meses
Por: Redação
Reprodução/RHI Magnésita
Reprodução/RHI Magnésita

A tradicional empresa Magnesita, líder global em produtos refratários e com sede em Brumado, no sudoeste da Bahia, enfrenta um futuro incerto devido à possível desativação do trecho ferroviário Minas-Bahia da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Essa rota, fundamental para o transporte da matéria-prima da Magnesita originária de Brumado, na Bahia, pode ser desativada pela VLI Multimodal SA, atual detentora da concessão da FCA, caso seja considerada "economicamente desfavorável".

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Magnesita teme impactos na produção e custos

A Magnesita, que transporta cerca de 250 mil toneladas de material por ano nas rotas Brumado-Aratu e Brumado-Contagem, teme que a desativação da ferrovia a obrigue a recorrer ao transporte rodoviário, o que acarretaria diversos problemas. Entre os principais, estão:

  • Aumento dos custos operacionais: O transporte rodoviário é significativamente mais caro que o ferroviário, o que impactaria diretamente na lucratividade da empresa.
  • Redução da agilidade e disponibilidade da matéria-prima: Caminhões são mais lentos que trens e estão sujeitos a congestionamentos e outros imprevistos, o que poderia ocasionar atrasos na produção.
  • Riscos à segurança: O aumento do tráfego de caminhões nas rodovias elevaria o risco de acidentes, colocando em perigo motoristas e outras pessoas.
  • Impactos ambientais: O transporte rodoviário gera mais emissões de CO2 do que o ferroviário, o que contribuiria para o agravamento das mudanças climáticas.

Ameaça ao futuro da Magnesita e da região

Além dos impactos na própria empresa, a desativação da ferrovia também representaria um duro golpe para a economia de Brumado e da região. A Magnesita é uma das principais empregadoras da cidade, e a desativação do trecho ferroviário poderia levar à perda de centenas de empregos diretos e indiretos.

Mobilização para salvar o trecho ferroviário

Diante dos riscos iminentes, a Magnesita, o governo de Minas Gerais e outras entidades se mobilizaram para tentar salvar o trecho ferroviário Minas-Bahia. A empresa já se reuniu com representantes do Ministério dos Transportes e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais para discutir alternativas.

O governo do estado também se posicionou contra a desativação do trecho, ressaltando sua importância para o desenvolvimento econômico da região. Já a VLI, por sua vez, ainda não definiu o futuro do trecho, mas informou que a decisão final será tomada após audiência pública com a comunidade e as partes interessadas.

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