Após a liberação do Ministério da Agricultura, chegaram à Bahia as 100 mudas de tamareiras, de 12 variedades, doadas pelos Emirados Árabes ao Governo do Estado. As plantas cumpriam quarentena no Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), da Embrapa (Brasília), e foram entregues à Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para distribuição. O órgão atestou a qualidade e fitossanidade das mudas já certificadas.
A iniciativa é resultado de estudos nos biomas do Cerrado e da Caatinga, onde foram identificadas similaridades climáticas e de solo com o país de origem. A partir do incentivo, a Bahia dará início à produção de tâmaras para atender ao mercado brasileiro, com expectativa de excedentes para países da América do Sul. A Adab está à frente deste importante trabalho, garantindo a segurança fitossanitária e a distribuição em regiões aptas ao cultivo, que tenham condições de investir minimamente nos tratos culturais e de irrigação.
Contrariando o ditado que prevê a colheita em gerações futuras: na Bahia, quem planta tâmara, colhe tâmara. Essa constatação veio a partir de visitas técnicas realizadas pela Adab, em regiões com aptidão para o cultivo, com plantas que já começaram a produzir com apenas dois anos e meio, com alta produtividade e frutos de qualidade. “Mesmo sem os tratos culturais devidos, adubação, poda, encontramos propriedades produzindo frutas de excelente qualidade no estado, o que mostra a viabilidade econômica e sócio produtiva”, atesta o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, que coordena o trabalho no estado.
A próxima etapa de implantação do cultivo das tamareiras, segundo ele, será a nível comercial e está sob avaliação do Ministério da Agricultura (Mapa) que, nesse momento, realiza uma análise do risco de pragas. “A partir daí, conseguiremos a autorização da importação de 10 mil mudas dos Emirados Árabes para a Bahia. A produção, a nível comercial, justificará a implantação de indústrias de beneficiamento das tâmaras, por parte dos investidores, e o abastecimento dos mercados interno e externo”.
Fonte: Ascom/Adab