A Bahia deu mais um passo para o fortalecimento do seu setor gemológico com a realização do primeiro Ciclo de Análises Gemológicas das Esmeraldas de Carnaíba, entre os dias 14 e 18 de julho, no município de Pindobaçu, região Norte do estado. A ação foi promovida pela Cooperativa Mineral da Bahia (CMB), em parceria com o Centro Gemológico da Bahia (CGB), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e reuniu mais de 400 participantes, entre garimpeiros, mineradores, estudantes e membros da comunidade local.

“Esta tabela de classificação que estamos desenvolvendo em parceria com a comunidade garimpeira e os mineradores da região da Carnaíba é algo inédito e possui extrema relevância para a valorização e reconhecimento da grandiosidade do Patrimônio Gemológico da Bahia”, destaca Mônica Correa, coordenadora do CGB.

Ao longo de cinco dias, foram realizadas aproximadamente 350 análises gemológicas, conduzidas pelo Centro Gemológico, diretamente na sede da CMB. Cada análise foi acompanhada pelos próprios donos das pedras, que receberam suas amostras de volta imediatamente após o processo, além de um certificado de participação emitido pelo CGB. O evento contou ainda com a participação de escolas da região, que visitaram o espaço e acompanharam de perto as etapas do processo de classificação, reforçando o caráter educativo e comunitário da ação.

Para o presidente da Cooperativa Mineral da Bahia, Humberto Meneses, o projeto representa um marco para o garimpo e toda a cadeia produtiva da mineração na região. “Essa iniciativa é um passo fundamental para o reconhecimento técnico e comercial da qualidade das esmeraldas aqui extraídas. A construção de uma tabela de classificação própria não só valoriza o nosso produto, como também oferece mais segurança e transparência para os garimpeiros, compradores e investidores. A CMB tem orgulho de participar desse momento histórico e reafirma seu compromisso com a legalidade, a organização e o desenvolvimento sustentável da atividade garimpeira em Carnaíba”, declarou.

A nova tabela que está sendo desenvolvida visa padronizar critérios essenciais para o reconhecimento, qualificação e classificação das esmeraldas da região. O documento também abre caminho para a futura concessão do Selo de Indicação Geográfica de Origem (IG), que deve destacar as gemas de Carnaíba no mercado nacional e internacional. O registro de Indicação Geográfica é um reconhecimento oficial concedido a produtos que possuem características únicas vinculadas à sua região de origem. Esse selo atribuirá reputação, valor e identidade própria às esmeraldas de Carnaíba, destacando-as frente a outras gemas no mercado.

O projeto é resultado da articulação entre a Cooperativa Mineral da Bahia, a Prefeitura de Pindobaçu, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) e o Sebrae.

Sobre o Centro Gemológico da Bahia

Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Gemológico atua na pesquisa, análise, certificação e promoção das gemas baianas, oferecendo suporte técnico ao setor de mineração e impulsionando a valorização de ativos minerais com identidade regional.

Fonte: Ascom/SDE