O senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (7), chamou a atenção para a necessidade de um amplo debate sobre o enfrentamento à seca, especialmente considerando os desafios enfrentados na Região Amazônica.
O senador defendeu um projeto desenvolvido no Rio Grande do Sul, sugerindo que a iniciativa pode ser modelo para enfrentar a escassez hídrica em todo o país. Ele enfatizou que o armazenamento de água garante a irrigação adequada nos períodos de seca, evitando perda de produção.
— Em 63 municípios [do Rio Grande do Sul], levantaram quase 10 mil pontos de barramento de água que sobra no inverno e falta no verão, para irrigar mais de 3 milhões de hectares. Essa é uma saída que eu tenho para o Brasil inteiro. Essa água sobra no inverno, sobra na estação das chuvas, em qualquer lugar do Brasil, e falta no verão — disse.
Heinze lembrou que, nos últimos 150 anos, o Brasil registrou uma diminuição considerável dos níveis de água em rios e lagos, tornando necessário reforçar a atenção à chamada Agenda 2030. O parlamentar destacou que líderes mundiais já estão discutindo medidas que são de extrema importância para o país, uma vez que o Brasil se destaca como grande produtor de alimentos.
Ele também criticou a ideia de produção de carne artificial, sob a alegação de reduzir o consumo de água. O senador ressaltou que o Brasil se tornou o maior exportador de carne bovina e frango do mundo.
— Falam que milhões de litros de água são gastos para produzir um quilo de carne. Eu vi, agora recentemente, o prefeito de Florianópolis [Topázio Neto] comemorando que a JBS vai investir lá não sei quantos milhões para descobrir carne artificial. Nós podemos produzir carne natural. Estou fazendo este alerta porque tem outros interesses sobre essa questão — enfatizou.
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