O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou o que chamou de uma “perseguição implacável”, ao comentar a prisão pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (8), de militares ligados ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e do presidente do maior partido da Oposição, o PL, Valdemar da Costa Neto.
— Nós estamos vivendo uma ditadura neste país. Falo isso constrangido, porque o Senado Federal é corresponsável por esse caos institucional, por este país estar de cabeça para baixo como está hoje, e eu faço parte deste Senado. Nós estamos num momento histórico de 200 anos da Casa revisora da República, é o bicentenário, e nós não podemos baixar a cabeça neste ano histórico. Eu espero, acredito na capacidade de reflexão de cada senador, na avaliação do que está correto, do que está errado, e nós, assim, sem paixão, com razão, cada um de nós está vendo que está demais — afirmou o senador em pronunciamento nesta quinta, em Plenário.
Para Girão, o Senado tem o “dever constitucional” e é “o único que pode parar abusos de ministros do STF, porque tem a possibilidade de fazer análise de impeachments”. O senador criticou amplamente a ação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes nas investigações sobre os ataques às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
— A própria pauta de hoje, nesta quinta-feira, é uma coincidência, entre aspas, porque mostra o sinal de um alinhamento, de um jogo combinado, do que está acontecendo em operações da Polícia Federal com o que o Parlamento está debatendo hoje: a PEC 42/2023 , que vai limitar, vai dificultar a candidatura de militares. (...) O objetivo é segregar e nós não temos o direito de fazer isso com nenhum brasileiro, para que possa disputar, para ser votado e votar — opinou.
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