O Comitê de Crise da Prefeitura de Feira de Santana esteve reunido na tarde desta terça-feira (20) após a incidência de fortes chuvas na cidade. Foi registrado um volume de 65mm em cerca de quatro horas - sendo que em apenas 60 minutos a precipatação alcançou 42mm. O resultado foi pontos de alagamentos em diversos locais da cidade, tanto em bairros como no centro. O encontro acontceu no gabinete do prefeito, no Paço Municipal Maria Quitéria.
A reunião foi convocada pelo prefeito Colbert Martins Filho e contou com a participação de membros da equipe de governo. Foi definido que um decreto de emergência será publicado visando facilitar o acesso do Governo Municipal a recursos estaduais e federais em atendimento a população afetada.
O coordenador do Comitê de Crise, o secretário de Desenvolvimento Social, Denilton Brito, observa que além das medidas emergenciais, estão sendo pensadas soluções a médio e longo prazo. "Estamos implementando ações sociais para amparar as pessoas afetadas pelas chuvas, oferecendo não apenas alimento, mas também abrigo, a fim de evitar que fiquem desamparadas.Além disso, estamos comprometidos em desenvolver um planejamento robusto de soluções, voltado não apenas para o imediatismo da crise, mas também para enfrentar desafios de médio e longo prazo relacionados a eventos climáticos externos", pontuou.
O superintendente de Operações e Manutenção, João Vianey, informou que desde o início da tarde as equipes foram mobilizadas para implementar medidas emergenciais nos principais pontos de alagamento da cidade. "Vamos intensificar as intervenções, começando pela limpeza dos córregos e das lagoas, visando melhorar o escoamento. Temos casos como o do bairro irmã Dulce e uma parte do Jomafa, onde as condições de alagamento foram incomuns devido ao volume de chuva. Uma das causas é a obstrução parcial da lagoa, afetando o canal de escoamento. Reforçaremos as ações nesse ponto para promover um escoamento eficiente, reduzindo as cotas de elevação e o tempo necessário para drenagem".
Vianey revelou ainda que o acúmulo de lixo descartado indevidamente agravou a situação em alguns locais. "Ocorreu uma situação clássica de obstrução de grelhas devido ao lixo, resultando em uma lâmina d'água superior a 50 cm no túnel da João Durval. Isso aconteceu apesar da drenagem funcionar adequadamente, porém, o lixo bloqueou a passagem de água pela grelha, causando interrupção do fluxo no local. As equipes do SMT precisaram interromper o tráfego no túnel, e apenas após a intervenção das equipes da SOMA, que removeram o lixo, conseguimos restabelecer o escoamento e normalizar o tráfego", revelou.
"Portanto, o problema do lixo não se restringe apenas à microdrenagem, que é comum, mas também afeta as macrodrenagens, onde há ocupações irregulares e descarte inadequado de lixo volumoso, como sofás, colchões e eletrodomésticos que são jogados na rede após serem descartados. Isso compromete o fluxo de água, agravando ainda mais a situação durante períodos de chuvas concentradas, o que infelizmente tem sido recorrente no município. Essa situação agrava-se para toda a população", completou Vianey.
O Comitê de Crise continua monitorando a situação em toda a cidade. A população pode acionar serviços da Prefeitura, bem como a Defesa Civil Municipal, através do Aplicativo Fala Feira 156 ou de contato telefônico pelo número 156.
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