A partir desta segunda-feira (1°), a vacina da Covid-19 em crianças passa a ser obrigatória no Brasil. A decisão do Ministério da Saúde, que incluiu o imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI), segue em direção oposta ao que apontam as evidências científicas.
Não há consenso da necessidade de vacinação contra a doença em crianças, já que são consideradas um grupo de baixo risco. A Gazeta do Povo mostrou que, em 2022, a Covid-19 foi a causa de apenas 0,04% das mortes de crianças com menos de 5 anos no Brasil.
Apesar disso, o Ministério da Saúde afirma que a vacinação é importante para proteger as crianças de casos graves e complicações da doença. A pasta também alega que a medida é necessária para garantir a imunidade coletiva da população.
Os pais que não vacinarem seus filhos poderão perder benefícios sociais, como o Bolsa Família, ou até serem penalizados com o pagamento de multa. Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que prevê até um ano de detenção para os pais que não vacinarem os filhos avançou em 2023. No Senado, propostas com punições ainda maiores também estão sendo discutidas.
As propostas de obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a Covid-19 têm sido criticadas por grupos de defesa da liberdade individual. Eles argumentam que a vacinação deve ser uma decisão pessoal, e não uma imposição do Estado.
A decisão do Ministério da Saúde também tem sido questionada por especialistas em saúde pública. Eles apontam que a medida pode levar a um aumento no número de casos de efeitos colaterais da vacina, já que mais crianças serão vacinadas.
Ainda é cedo para dizer qual será o impacto da obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a Covid-19 no Brasil. No entanto, a medida certamente irá gerar um debate intenso sobre o direito à saúde e a autonomia individual.
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