O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em pronunciamento nesta segunda-feira (4), o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. O parlamentar ressaltou que o Brasil é um dos países com o maior número de feminicídios. Também lembrou que as mulheres, além de serem obrigadas a enfrentar uma dupla ou até tripla jornada de trabalho, ainda sofrem com a desigualdade salarial.
— Apesar dos avanços conquistados ao longo dos anos, como o direito ao voto, a promulgação da Lei Maria da Penha e a representação feminina na política, entre outros setores, ainda estamos longe do ideal. Falta-nos muito caminho a percorrer. A sociedade brasileira avança a passos lentos, quando não estagnados, em direção à plena cidadania e à igualdade de direitos, especialmente no que diz respeito ao fim do patriarcado.
Paim citou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que mostram que um caso de feminicídio é registrado a cada seis horas e meia no Brasil, e uma mulher é agredida a cada dois minutos. O parlamentar também afirmou que 62% das vítimas de feminicídio são negras. Ele chamou a atenção ainda para a participação das mulheres no mercado de trabalho, destacando que "a presença feminina diminui à medida que o cargo aumenta".
— A luta das mulheres brasileiras contra o preconceito, a discriminação e a violência é diária. Temos que apoiá-las. É hora de dizermos basta à indiferença, à ignorância que perpetua esses males. É hora de tomarmos consciência e agirmos. Não podemos mais permitir tamanha violência, tamanho descaso, tamanho desrespeito.
O senador citou projetos de autoria dele sobre o tema, como o que propõe a adoção de regras e critérios igualitários entre homens e mulheres para a questão remuneratória salarial e de qualidade de emprego ( PL 1.372/2021 ). Para Paim, é importante reconstruir o país com base no reconhecimento, valorização e garantia dos direitos das mulheres, assegurando espaços de igualdade em todos os setores da sociedade.
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