Gás de cozinha pode faltar na Bahia devido à manutenção da Refinaria de Mataripe

A possibilidade de falta de gás de cozinha (GLP) na Bahia preocupa o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sinrevgas). Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da entidade, Robério Souza, alertou para a possibilidade de desabastecimento no estado, devido à "manutenção não programada" de unidades da Refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen.

Continua após a publicidade

Segundo Souza, a interrupção na produção de GLP na refinaria, somada à instabilidade no mercado internacional, gera grande apreensão no setor. "Existe uma grande temeridade do GLP vir a faltar nas revendedoras", afirmou.

O presidente do Sinrevgas cobra medidas da Acelen para minimizar o impacto da manutenção na produção e no abastecimento do produto. "Tudo vai depender da Acelen restabelecer a produção para níveis de normalidade", ressalta.

Sindipetro já havia alertado para o risco de desabastecimento

A preocupação com a falta de gás de cozinha na Bahia não é recente. O Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia (Sindipetro) já havia denunciado o risco de desabastecimento de combustíveis e GLP no estado, devido à paralisação de algumas unidades da Refinaria de Mataripe.

Segundo o Sindipetro, as paralisações teriam sido causadas pelas fortes chuvas que atingiram a Bahia no início deste mês. A Acelen, por sua vez, negou que as chuvas tenham afetado a operação da refinaria e atribuiu a interrupção na produção à "manutenção não programada".

Acelen diz estar tomando medidas para evitar desabastecimento

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a Acelen informou que está tomando medidas para reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento de GLP, incluindo a compra de carga extra do produto. A empresa ainda ressaltou que a "manutenção não programada" é necessária para garantir a segurança das operações e a qualidade dos produtos.

Consumidores devem evitar estocagem

Apesar da apreensão do setor, a Acelen e o Sinrevgas orientam os consumidores a evitarem a estocagem de gás de cozinha, medida que pode piorar o quadro de desabastecimento. As entidades recomendam que a compra seja feita apenas quando necessário.