O Sudoeste da Bahia entrou oficialmente na lista de regiões sob investigação sanitária federal após a morte de 40 cavalos, com sintomas compatíveis com intoxicação alimentar provocada por ração contaminada. As mortes, notificadas entre junho e julho, estariam relacionadas ao consumo de produtos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda, cuja produção foi suspensa pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no último dia 26 de junho de 2025.
As primeiras suspeitas surgiram no país ainda em maio, quando criadores de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Goiás e Minas Gerais relataram a morte de animais após o consumo da ração. Até o dia 3 de julho de 2025, o Mapa confirmou 222 mortes de cavalos associadas ao problema.
Segundo o Ministério, os lotes perigosos começaram a ser produzidos a partir de 8 de março de 2025, e foram distribuídos nacionalmente. No Sudoeste baiano, conhecido por abrigar criatórios voltados para vaquejada, genética e reprodução equina, os casos já motivaram ações de coleta de amostras, necropsias e visitas a propriedades rurais.
Entre os principais sintomas observados nos animais estão: apatia, icterícia, salivação excessiva, urina escura, tremores, fraqueza muscular e, em muitos casos, morte súbita, mesmo após a suspensão do consumo da ração.
A suspensão da empresa foi publicada em 26/06/2025 no Diário Oficial da União, após vistorias constatarem uso de resíduos de soja não autorizados, falhas na separação de ingredientes, ausência de rastreabilidade e erros nos registros de produção.
No Sudoeste da Bahia, o clima entre criadores é de preocupação crescente. Com prejuízos genéticos, financeiros e emocionais, muitos buscam orientação urgente para proteger os rebanhos e evitar novas perdas.
O Ministério da Agricultura segue monitorando a região e reforça a importância da cooperação dos produtores para identificar e conter a circulação de produtos contaminados