Guardião de alguns dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil, o estado da Bahia abriga mais de 40 Unidades de Conservação (UCs) que desempenham papel estratégico na preservação da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos e promoção da qualidade de vida da população. Sob a coordenação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), essas áreas cumprem uma missão essencial: manter o equilíbrio ambiental diante dos desafios da expansão urbana, da pressão econômica e das mudanças climáticas.
Neste 28 de Julho, Dia Mundial da Conservação da Natureza, o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça, destaca o papel da Bahia no cenário ambiental brasileiro: ‘‘As Unidades de Conservação são instrumentos fundamentais para garantir o futuro ambiental do nosso estado. Elas representam o compromisso da Bahia com a vida, com a sustentabilidade e com o legado que deixaremos para as próximas gerações. Nesta data tão importante que é o Dia Mundial da Conservação da Natureza, reafirmamos nosso empenho em proteger cada pedaço da nossa biodiversidade.’’
A diretora-geral do Inema, Maria Amélia, também reforça a importância da data e do engajamento coletivo: ‘‘Conservar a natureza é uma responsabilidade que vai além dos órgãos ambientais, é um dever de todos nós. As Unidades de Conservação são espaços vivos, que conectam ciência, educação e cidadania. Nosso trabalho é garantir que elas permaneçam ativas, protegidas e acessíveis, para que continuem cumprindo seu papel vital no equilíbrio ambiental da Bahia e do planeta.’’
Entre as UCs que se destacam estão a Estação Ecológica de Wenceslau Guimarães, Parque Estadual da Serra do Conduru, o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos e a Área de Relevante Interesse Ecológico da Serra do Orobó. Distribuídas por diferentes regiões do estado, elas preservam ecossistemas de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, além de abrigarem espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-de-cara-dourada e o cachorro-vinagre. Essas unidades não apenas protegem a fauna e a flora, elas são espaços de pesquisa científica, educação ambiental e, em alguns casos, atividade de visitação e uso sustentável, fortalecendo o vínculo entre natureza e comunidade.
Segundo Eduardo Topázio, diretor da Diretoria de Fiscalização (Difis) do Inema, o trabalho das UCs envolve um sistema de monitoramento ambiental permanente, com foco na qualidade das águas, no risco de incêndios florestais e no combate ao desmatamento irregular. ‘‘Realizamos ações planejadas especificamente nas Unidades de Conservação e utilizamos sistemas de monitoramento remoto que permitem acompanhar e responder a infrações de forma mais eficiente’’, relata.
Ainda assim, há desafios importantes a serem enfrentados. A ausência de planos de manejo em algumas áreas e a falta de regulação fundiária dificultam a gestão plena desses territórios. Eduardo também destaca a necessidade contínua de ações de educação ambiental, voltadas tanto para a população quanto para comunidades do entorno. ‘‘É fundamental que todos entendam a importância das UCs para proteger os recursos naturais, a qualidade do ar, da água e o equilíbrio climático’’, reforça.
No cenário nacional, a Bahia vem se consolidando como referência em conservação. Em 2025, o estado ganhou destaque nas comemorações dos 25 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), sendo reconhecido por seu esforço em ampliar e fortalecer essas áreas estratégicas. As Unidades de Conservação são, acima de tudo, patrimônios coletivos.
Fonte: Ascom/Sema