Em comemoração ao Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, o Projeto Geoarretadas levou uma exposição itinerante do Museu Geológico da Bahia à Escola Municipal Nova do Bairro da Paz, em Salvador. Os estudantes e a comunidade escolar conheceram uma seleção de rochas, minerais, pedras preciosas, fósseis e meteoritos, com entrada gratuita.

A ação realizada pelo MGB, órgão administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em parceria com o Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (IGEO/UFBA), teve como objetivo proporcionar aos alunos uma experiência educativa e prática, permitindo que toquem e sintam as texturas dos materiais geológicos.

“Eu acredito que a pesquisa e a ciência transformam o social, contribuindo com a formação do cidadão brasileiro. O encantamento das crianças com a exposição é algo que tem chamado a atenção nesse projeto. São crianças que raramente saem do seu bairro. Perguntamos e pouquíssimos visitaram algum museu na vida. Quando trazemos peças de um museu, peças de laboratório que são parte de pesquisa, contribuímos e disseminamos as geociências”, destacou Elizandra Pinheiro, coordenadora técnica do MGB.

Durante o evento, os presentes também contaram com monitorias pedagógicas conduzidas por membros do IGEO e tiveram a oportunidade de dialogar diretamente com pesquisadores da UFBA e do MGB, ampliando o contato com o universo científico.

A vice-diretora da escola municipal, Josefa Lira, destacou a importância da edição do projeto na instituição. “É muito bom e enriquecedor, pois eu preparo e mobilizo meus alunos. Tivemos a possibilidade de trazer os museus para a escola e isso abre um universo para nós. Participamos da Olimpíada de Astronomia com meus alunos, da OBMEP, que é a Olimpíada de Matemática, e agora, vamos participar no primeiro ano da Olimpíada de Ciências. Estamos movimentando os estudantes para que eles vejam outros horizontes, que eles percebam que estudar, conhecer é muito mais do que sentar na sala de aula”, disse.

O projeto reforça a importância do acesso à ciência e a valorização da cultura local, destacando a representatividade e a inclusão no meio acadêmico e científico, em sintonia com a data que celebra a força e a resistência das mulheres negras latino-americanas e caribenhas.

Projeto Geoarretas

Também em parceria com o Museu Náutico da Bahia (MNB), os órgãos foram contemplados na Chamada CNPQ Nº 31/2023, para desenvolver o Projeto Geoarretadas, que visa despertar a vocação de meninas e mulheres para as Geociências por meio de uma abordagem holística e aprendizagem que evidenciem as contribuições de mulheres geocientistas para ciência e tecnologia. A ação reafirma o compromisso do Museu Geológico da Bahia e o Instituto de Geociências da UFBA com a promoção do conhecimento científico e a valorização da diversidade cultural.

"A proposta do projeto Geoarretadas é levar geociências para o ensino básico. Podemos trazer as ciências numa fase bem inicial da vida, em que eles têm uma curiosidade muito grande para conhecer o mundo. Tem vários estudantes com vocação e já disseram que querem estudar essas áreas. A gente começa a fomentar, já desde pequenininho, a curiosidade pelo mundo", disse Simone Moraes, professora de paleontologia da UFBA.

Fonte

Ascom/SDE