Sirenes, viaturas e mandados judiciais deram o tom da manhã desta quarta-feira (30) em diversas cidades da Bahia. A Polícia Civil deflagrou a Operação Apate, que investiga uma organização criminosa formada por servidores públicos, donos de empresas emplacadoras e despachantes, todos envolvidos em um esquema sofisticado de fraudes veiculares.
Segundo o Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o grupo atuava forjando transferências de veículos sem o conhecimento dos verdadeiros proprietários, e burlava o sistema de registros para liberar financiamentos de forma fraudulenta.
Entre os envolvidos, há funcionários de órgãos públicos de trânsito, que usavam seus acessos privilegiados para inserir dados falsos no sistema oficial, dando aparência legal a processos completamente irregulares.
Do lado empresarial, donos de empresas do setor automotivo e despachantes são acusados de cobrar por serviços que nunca eram realizados, como transferências, regularizações e quitação de débitos. Em vez disso, alguns clientes recebiam documentos falsificados sem saber que estavam sendo vítimas de um golpe.
Um dos investigados, proprietário de uma dessas empresas, teria contado com a conivência de servidores públicos para validar processos fictícios e movimentar valores consideráveis em nome de terceiros.
Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados judiciais em Salvador, RMS e no interior do estado. A ação conta com o apoio de diversas unidades da Polícia Civil, incluindo a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Vitória da Conquista (DRFR), o Depin, a 10ª Coorpin, a Dirpin/Sudoeste e o DPMCV.