Em pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (7), o senador Paulo Paim (PT-RS) chamou a atenção para o crescimento dos casos dedengue no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 255% em relação ao ano anterior, e 2024 pode se tornar o pior ano da história do Brasil em casos da doença.
— Os especialistas alertam que um grande pico da doença é esperado para março e abril, enquanto a expectativa é de uma redução nos casos a partir de maio, com a chegada do clima mais frio. É preciso muita preocupação, muito cuidado. Essa situação é impulsionada pelo intenso calor observado em dezembro, janeiro, fevereiro, juntamente com volumes elevados de chuva, além da falta de saneamento básico, que propicia a proliferação do mosquito transmissor — alertou.
O senador destacou que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reiterou a prioridade do governo no combate à doença, anunciando medidas como vacinação progressiva e esforços para ampliar a produção e o acesso à vacina para toda a população.
— O governo federal ampliou repasses na ordem de R$ 1,5 bilhão para estados e municípios (e, naturalmente, a capital), estabeleceu um centro de operações de emergência para coordenar as ações de todos os órgãos envolvidos. É imprescindível uma cruzada nacional de todos: pobres, ricos, homens, mulheres, enfim, todos os segmentos; é imprescindível uma cruzada nacional contra a doença, contra a dengue e outras que vêm do mosquito, como zika e chicungunha, que também estão em alta — afirmou.
Paim também manifestou preocupação com a escassez de leitos na rede hospitalar e informou que Brasília já montou um hospital de campanha para lidar com a crise. O parlamentar ressaltou a vulnerabilidade das populações de baixa renda, que enfrentam maiores dificuldades de acesso a serviços básicos como saneamento e saúde.
— A saúde é uma questão de Estado e que transcende governos e mandatos políticos, transcende fala de situação ou de oposição. O enfrentamento da dengue demanda planejamento e prevenção em todos os níveis, federal, estadual e municipal.
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