A primeira noite do Concha Negra acontece, nesta sexta-feira (23), com o Cortejo Afro fazendo as honras da casa neste projeto que visa exaltar a riqueza da produção musical afro-baiana no maior equipamento cultural da Bahia. No palco, eles recebem como convidados especiais a banda Ilê Aiyê e o cantor Chico César, além da apresentação de abertura do Núcleo de Ópera da Bahia. O evento começa às 18h30 e os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), à venda na bilheteria física do TCA e online através da plataforma Sympla.
Criada em 1998, no bairro de Pirajá, a Banda Cortejo Afro traz um som percussivo que mistura ritmos africanos às batidas eletrônicas e ao pop, intitulada de “revolução musical afro-baiana”. Nos palcos, eles prometem um repertório único, formado por composições da banda, já consagradas pelo público, e releituras de canções nacionais.
Mais antigo e famoso bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê foi convidado pelo Cortejo Afro para apresentar suas quatro décadas de valorização das histórias e estéticas negras. Homenageando países africanos, revoltas negras, personalidades e estados brasileiros que contribuíram fortemente para o processo de identidade étnica e auto-estima do negro, o Ilê leva ao palco os ritmos e a dança afro carregados de ancestralidade.
Natural da Paraíba, o cantor e compositor Chico César encontrou na Bahia um terreno fértil para explorar e celebrar sua diversidade artística. Elementos do samba-reggae, do axé e do forró estão sempre frequentes em suas composições que serão apresentadas no palco da Concha Negra, proporcionando uma verdadeira conexão cultural e musical entre o cantor e o Cortejo Afro.
O Núcleo de Ópera da Bahia será o responsável pela abertura da noite, com uma apresentação que mescla o universo da ópera com a cultura afro, mais especificamente à afro baiana. Criado em 2016 pelo compositor Aldo Brizzi, pela cantora baiana Graça Reis e pelo articulador cultural André Reis, o NOP já realizou concertos com grandes nomes da música, como Cortejo Afro, Daniela Mercury, Maria Gadú, Chico César e Gilberto Gil.
Sobre o Concha Negra
O Concha Negra é uma iniciativa que se compromete a fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios, garantindo o lugar da música afro-baiana na programação mensal da Concha Acústica do Complexo do TCA, maior equipamento cultural do estado. Sua realização parte de premissas das políticas reparatórias previstas na constituição do Estado da Bahia e no Estatuto da Igualdade Racial. Assim, o incentivo a mais um canal de visibilidade e acesso a esta produção se alinha a condutas que reconhecem a cidadania cultural, a importância da representatividade e a afirmação de identidades, combatendo preconceitos e valorizando a expressão das variadas manifestações humanas.
Com um público total de mais de 30 mil pessoas, sem contar os telespectadores que assistiram às transmissões ao vivo na TVE Bahia, o Concha Negra teve sua primeira etapa entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, com shows de Filhos de Gandhy, Muzenza, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Olodum e Malê Debalê. A 2ª edição ocorreu entre novembro de 2019 e março de 2020, com ÀTTØØXXÁ, Ilê Aiyê, Sine Calmon e Morrão Fumegante, Olodum, Baco Exu do Blues, Lazzo Matumbi, Afropop – Margareth Menezes, Afrocidade e Luedji Luna e Núcleo de Ópera da Bahia – um último show, que reuniria Panteras Negras e Didá, foi cancelado devido à pandemia.
Serviço
Concha Negra – Ensaio Cortejo Afro Convida Ilê Aiyê, Chico César e Núcleo de Opera da Bahia
Quando: 23 de fevereiro de 2024 (sexta), 18h30
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Quanto: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Vendas: Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do TCA (sem taxas) ou na plataforma virutal Sympla (https://www.sympla.com.br)
Classificação indicativa: 14 anos
Fonte: Ascom/TCA
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