A operação resultou no sequestro de imóveis, automóveis de luxo, embarcações, criptoativos e outros bens avaliados em cerca de R$ 14 milhões
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), a operação “Restauração”, que tem como finalidade o cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de automóveis, imóveis e uma embarcação, além do bloqueio de criptoativos (representações digitais de valores no meio virtual) e contas bancárias de integrantes de uma organização criminosa. O grupo é responsável pela prática de lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e estelionato, envolvendo operações com ativos virtuais. Detalhes dos trabalhos policiais foram divulgados, na manhã desta sexta-feira (23), em coletiva de imprensa, na sede da PCCE, no Cisp, em Fortaleza.
A operação é coordenada pela Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro (DCLD) do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA) e conta com apoio do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD/PCCE). Até o momento, oito automóveis, uma lancha e 25 relógios de luxo foram apreendidos e um imóvel foi sequestrado.
A PCCE cumpriu quatro mandados busca e apreensão por crimes de lavagem de dinheiro, estelionato envolvendo operações com criptoativos e crime contra a economia popular expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza sendo cumpridos em imóveis localizados no Eusébio – Área Integrada de Segurança 13 (AIS 13) da Região Metropolitana de Fortaleza.
Segundo as investigações da PCCE, o esquema criminoso consistia na abertura de empresas e na criação de aplicações automatizadas, que prometiam aos investidores grande retorno financeiro com base em investimentos de criptoativos e, também, apostas on-line, atraindo vítimas de diversos locais do país.
Os suspeitos, apontados por terem feito várias vítimas em diversos estados da Federação, atualmente estavam no Estado do Ceará desfrutando de bens de alto valor econômico, dentre eles veículos avaliados em milhões de reais, embarcação e imóveis em condomínios de alto padrão, todos registrados em nomes de pessoas que serviram como intermediárias.
A investigação da Polícia Civil tem como foco a responsabilização criminal dos investigados e o bloqueio patrimonial, a fim de que seja possibilitada a restauração patrimonial de cada uma das vítimas.
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