Adriano Massuda é médico sanitarista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV)
“Na esfera da saúde pública, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de um sistema de saúde de estar preparado e ser capaz de se transformar ao enfrentar choques. Por isso, depois da pandemia de covid-19, nós intensificamos os esforços para pensar formas de resistirmos aos impactos que alteram o funcionamento da gestão”, relata Adriano Massuda. O médico sanitarista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi responsável pela palestra de abertura do 7º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde, “Resiliência dos sistemas de saúde: integração da vigilância e Atenção Primária à Saúde (APS)”.
O evento, que tem como tema “Manejo, Prevenção e Controle de Agravos Associados à Estação Chuvosa no Ceará”, é promovido pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Mascotes mosquito Aedes aegypti e Zé Gotinha marcaram presença na abertura do 7º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde
“O momento atual exige que repensemos a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Poucos sistemas no mundo possuem a característica de serem tão descentralizados como o nosso para abarcar todo o território brasileiro. Além do cenário complexo de infestação de dengue no Brasil, existe um conjunto de outras coisas que lidamos no dia a dia que exigem capacidade, técnica e criatividade do SUS e dos profissionais de saúde”, conclui Massuda.
O seminário teve início na segunda-feira (26) e segue até esta quarta-feira (28), na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE). A programação conta com a presença de autoridades, pesquisadores, membros do Ministério da Saúde e instituições de relevância nacional, colaborando em mesas-redondas e exposições. Na agenda, há ainda o lançamento de um livro sobre imunização no estado e a apresentação de trabalhos na 5ª Mostra de Experiências Bem-sucedidas de Vigilância em Saúde do Ceará – Nível Regional e Municipal.
A mediação da primeira palestra ficou a cargo do secretário executivo da Sevig, Antonio Silva Lima Neto (Tanta). Em sua fala, ele lembrou que o baixo número de notificações de casos de dengue no Ceará não pode significar um relaxamento com relação ao combate ao mosquito.
Secretário-executivo de Vigilância em Saúde Antonio Lima Neto (Tanta)
“O Ceará tem um histórico de epidemias de dengue. Quem está se contaminando agora é porque não teve contato com a doença antes. Os sorotipos circulam no Ceará há 35 anos. Mesmo assim, o cenário pode mudar, se a infestação de dengue se elevar demais. Vamos lutar contra o mosquito durante muito tempo ainda. Isso não pode nos desanimar. Nosso trabalho é diário”, alerta o secretário executivo.
Confira aquia programação do Seminário
Confira aquia programação da 5ª Mostra de Experiências Bem-sucedidas de Vigilância em Saúde do Ceará
7º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde
26, 27 e 28 de fevereiro
8h às 17h
Acompanhe on-line peloYouTube da ESP/CE
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