Integrantes de organizações criminosas são alvos da operação interagência Responsio, deflagrada pela Polícia Civil (PC), por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), na manhã desta segunda-feira (4), no bairro da Valéria. Dois fuzis, drogas, além de dois veículos com restrição de roubo foram apreendidos nas primeiras horas da operação. Acampamentos, com uma prensa e reservatórios de água utilizados para armazenar drogas, foram desarticulados no meio da mata.
O objetivo das ações é o cumprimento de mandados judiciais contra integrantes de grupos criminosos envolvidos no confronto que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé e do ferimento grave a um policial civil, além de responsáveis pelo tráfico de drogas, homicídios e os crimes contra o patrimônio. Um dos alvos recebeu os policiais a tiros e houve confronto. Ele foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
O secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, lembrou que, em razão da complexidade, a operação contou com a participação da Polícia Federal, que ofereceu aeronaves e carros blindados. “O resultado disso foi o alcance de uma liderança importante de uma facção da Bahia, responsável por muitos crimes violentos, não só na área de atuação hoje, mas no estado como um todo. É mais um trabalho de inteligência que direciona, cada vez mais, o nosso policiamento e, também, a integração entre as forças de segurança, utilizando os altos investimentos que o Governo do Estado vem fazendo na segurança pública. Nós conseguimos diminuir os principais índices criminais, os crimes contra o patrimônio, os crimes violentos contra a vida, aumentando o número de pessoas presas em mais de 6%, já são quase mil pessoas presas este ano, aumentando o número de armas apreendidas também, com mais de 10% em relação a isso”, detalhou.
De acordo com a delegada-geral da PC, Heloísa Brito, trata-se de mais uma operação que visa trazer tranquilidade para a área de Valéria: “foi feito um planejamento exaustivo no sentido de não levar nenhum tipo de perigo àquela comunidade que vive na região e conseguimos êxito em identificar e fazer essas prisões”.
Participam da Operação Responsio, ainda, os Departamentos de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), a Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI-SSP), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fico), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI-PF) e o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer-PM).
Comandante do Graer, o tenente-coronel Wolney contou como é a participação do grupamento nesse tipo de operação: “o Graer é uma unidade da Polícia Militar da Bahia. Dia ou noite, pode ser empregado, com helicópteros, aviões e drones. Essas aeronaves têm equipamentos especiais, como câmeras termais. Eles têm faróis de busca, conseguem melhorar a visão do policial em solo. Então, o Graer é uma plataforma de observação, que vem a se tornar os olhos do policial militar ou do policial civil ou federal que estiver ajudando, apoiando lá do alto. E, aí, conseguimos identificar melhor os suspeitos e os locais onde têm material guardado”.
“Podemos falar que, hoje, temos uma total integração entre as forças policiais, com troca de informações para a inteligência, para discutir quais são as facções que estão dominando determinados territórios, com uma maior periculosidade e gravidade”, acrescentou o delegado da Polícia Federal Rodrigo Andrade.
Fonte: Ascom/PC, com informações do repórter Anderson Oliveira/GOVBA
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