Com o objetivo de intensificar as ações de sensibilização e mobilização para a prevenção de casos de dengue, chikungunya e zika, o Governo da Bahia, através da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), promoveu, desde a última segunda-feira (11) até esta sexta (15), a Semana de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes Aegypti. Durante o período, prédios e outras estruturas públicas estaduais foram vistoriados e áreas limpas, visando a eliminação de possíveis criadouros, bem como a realização de mobilização de funcionários, instruídos sobre a importância de ações de prevenção e combate ao mosquito dentro de suas residências como forma de auxiliar na contenção das doenças.
As atividades da Semana de Mobilização contemplaram diversas secretarias estaduais e, também, os municípios, com intensificação na limpeza urbana; atividades em diversos pontos, como feiras livres e metrô; distribuição de material publicitário sobre dengue, chikungunya e zika; ações em escolas e comunidades; e reforço na assistência e na orientação sobre manejo clínico. Além disso, para auxiliar os agentes de endemias nas cidades do interior, foram distribuídas 250 bombas costais entre os nove Núcleos Regionais de Saúde da Bahia.
Já o Corpo de Bombeiros, em parceria com a Sesab, realizou ações de combate nas cidades de Barra do Choça e Caculé. Até o final da próxima semana, a corporação ainda irá aos municípios de Belo Campo, Carinhanha, Encruzilhada, Feira da Mata e Caetité. O balanço das ações foi apresentado durante a reunião semanal do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), que reúne representantes da pasta da Saúde, Conselho Estadual de Saúde (CES), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-BA) e representantes de outras secretarias.
“O combate e a prevenção às arboviroses é um trabalho conjunto, que envolve Estado, município e, também, a população. Precisamos desse esforço conjunto, de cada um fazendo a sua parte, para contermos o avanço do Aedes Aegypti em toda a Bahia. Em apenas 10 minutos, cada um de nós pode fazer uma vistoria em nossas residências e nos locais de trabalho para afastar possíveis focos do mosquito. Não conseguiremos agir sem essa parceria com os municípios e todos os baianos”, pontua a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.
Durante a reunião do Coes, realizada nesta sexta-feira (15), a secretária alertou para a necessidade de os municípios ampliarem o horário de funcionamento de unidades básicas de saúde. “Enviaremos um ofício para as prefeituras pontuando a importância de as unidades básicas estarem prontas para dar assistência àqueles com sintomas de dengue e em horário estendido”, afirma.
Ao todo, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 19 milhões no combate à dengue, através da aquisição de novos carros de fumacês e distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os agentes de combate às endemias. Também ofereceu apoio para intensificação dos mutirões de limpeza com o auxílio das forças de segurança e emergência e aquisição de medicamentos e insumos.
A Sesab ainda tem promovido ações de teleconsultoria para auxiliar o manejo clínico dos pacientes na atenção básica. “Temos monitorado os casos, dando suporte às gestões municipais e às unidades de saúde, e precisamos dos baianos ao nosso lado, combatendo os focos e também se vacinando contra a dengue”, reitera Roberta Santana, reforçando que a imunização contra a doença ainda está em ritmo lento: “precisamos de um maior empenho da nossa população para que os adolescentes possam receber as doses da vacina. É de fácil acesso, de graça e protege uma faixa etária que, de acordo com os estudos do Ministério da Saúde, tem sido a mais afetada nos últimos anos”.
Até a última quarta-feira (13), 60.268 doses da vacina contra a dengue haviam sido aplicadas em toda a Bahia. O Estado, ao todo, recebeu 170.540 doses do imunizante, indicado para a faixa de 11 a 14 anos.
Casos
De acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 175 municípios da Bahia estão em estado de epidemia de dengue. Outros 67 estão em risco e 18 em alerta.
São 54.790 casos prováveis da doença até o dia 14 de março de 2024. No mesmo período, foram notificados 4.623 casos prováveis de chikungunya no estado. Já os casos prováveis de zika são 654 até a última quinta-feira.
A Bahia possui um dos menores índices de letalidade por dengue em todo o país, girando em torno de 1,6%, enquanto a média nacional é de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença.
Ao todo, 16 óbitos por dengue foram confirmados pela Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab nas cidades Jacaraci (4), Piripá (3), Vitória da Conquista (3), Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Santo Antônio de Jesus (1), Santo Estêvão (1). Em 2024, foram registrados dois óbitos por chikungunya, nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por zika foi confirmado.
Também na reunião do Coes, a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, relatou que alguns óbitos pela dengue estão relacionados à falta de hidratação. “São mortes evitáveis, que, com o manejo clínico adequado, o paciente não evoluiria a óbito. Estamos dando apoio aos municípios em relação às orientações no tratamento dos pacientes”, disse.
Fonte: Ascom/Sesab
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