Mãe de menina com "ossos de vidro" denuncia dificuldades para garantir educação inclusiva em Brumado

A moradora de Brumado, Amanda Lima, vive um drama que se repete para muitas famílias de crianças com necessidades especiais: a luta pelo direito à educação inclusiva. Sua filha, que possui osteogênese imperfeita, conhecida como "ossos de vidro", enfrenta barreiras para ter acesso a um ensino de qualidade.

Continua após a publicidade

Ao buscar uma vaga em instituições de ensino particular do município, Amanda encontrou obstáculos significativos. "Algumas escolas diziam ter vagas, mas quando explicava a condição da minha filha, mudavam de posição, alegando falta de estrutura ou que a vaga não estava mais disponível", relata.

A situação se agrava na rede pública municipal, onde a filha de Amanda está matriculada. Apesar das aulas terem iniciado há dois meses, a prefeitura ainda não forneceu um cuidador adequado para a criança, dificultando sua participação efetiva na escola.

"Minha filha precisa de um cuidador para auxiliá-la nas atividades cotidianas, como ir ao banheiro e se alimentar. Sem esse suporte, ela fica impossibilitada de participar das aulas e ter o mesmo aprendizado que os demais alunos", explica Amanda.

A falta de acesso à educação inclusiva é um problema que afeta diversas famílias em Brumado. "Conheço outras mães que enfrentam desafios semelhantes. É uma luta constante para garantir que nossos filhos tenham os seus direitos respeitados", afirma Amanda.

Diante da negligência das autoridades, Amanda busca soluções e clama por medidas concretas. "Precisamos de políticas públicas eficazes que assegurem o acesso universal à educação, independente das condições físicas ou de saúde dos estudantes. As crianças com necessidades especiais têm o direito de ter acesso à educação de qualidade em igualdade de condições com seus pares", defende.

A luta de Amanda é um exemplo da necessidade de maior atenção e investimento em educação inclusiva. É fundamental que o poder público assuma a responsabilidade de garantir que todas as crianças, sem distinção, tenham acesso ao ensino de qualidade e oportunidades de desenvolvimento.