Brumado, no sudoeste da Bahia, viu seu nome circular pelo mundo nesta semana – mas não exatamente por um motivo digno de orgulho. Um episódio de violência escolar ocorrido na última terça-feira (8), no Colégio Estadual de Tempo Integral de Brumado (CETIB), foi parar em manchetes de veículos internacionais como Metro Ecuador, Expreso Press (México) e Heraldo de México.
Os portais latino-americanos publicaram a notícia com o título: “VIDEO: Alumno cachetea a su maestra tras ser regañado por llegar tarde a clase”, traduzido como "Aluno dá tapa na professora após ser repreendido por chegar atrasado à aula". A cena, que causou indignação local, agora ecoa além das fronteiras brasileiras, reacendendo o debate sobre os limites da autoridade em sala de aula e o papel das instituições na proteção dos educadores.
Segundo informações apuradas pelo Sudoeste News, o aluno – que cursa o 2º ano do ensino médio – agrediu a professora com um tapa no rosto durante a aula, e em seguida fugiu da escola pulando o muro. A identidade do adolescente não foi revelada. A educadora registrou queixa na Delegacia Territorial de Brumado e a Polícia Civil já iniciou a investigação do caso.
Em nota, a direção do CETIB afirmou estar tomando as providências administrativas e pedagógicas cabíveis, conforme o regimento da escola. Já a Secretaria da Educação do Estado da Bahia permanece em silêncio, sem ter emitido qualquer posicionamento oficial até o momento.
O impacto internacional do episódio revela uma crescente preocupação com a escalada da violência nas escolas e o esgarçamento das relações entre alunos e professores. Brumado, que nos últimos anos tem se destacado por avanços na educação pública, agora enfrenta um desconfortável holofote – e o desafio de responder à altura.
Enquanto a repercussão segue crescendo nas redes e na imprensa estrangeira, educadores e especialistas defendem medidas urgentes de prevenção e acolhimento psicológico, tanto para professores quanto para estudantes, numa tentativa de evitar que casos como esse deixem de ser exceção para virar regra.