Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (19), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) manifestou preocupação com a política armamentista. O parlamentar questionou a necessidade das guerras e criticou o alto investimento na indústria armamentista, sugerindo que o dinheiro gasto nessas armas poderia ser utilizado para eliminar a fome no planeta e investir em educação e preservação do meio ambiente.
— Pesquisas recentes [estudo do The Military Balance, divulgado pelo International Institute for Strategic Studies (IISS), do Reino Unido], mostram que os gastos militares, no ano passado, foram de US$ 2,3 trilhões, cerca de R$ 10,9 trilhões. Um PIB brasileiro inteiro gasto com armamentos, o maior valor desembolsado depois da Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos respondem por 41% do volume dos gastos militares no mundo; a China gasta 10%; a Rússia, 5%; e o Brasil está em 14º lugar, gastando R$ 24,2 bilhões em recursos com armamentos, em uma verdadeira militarização da economia — afirmou.
Confúcio enfatizou a necessidade de redirecionar os recursos destinados a conflitos armados para iniciativas voltadas aà redução da pobreza global. Ele chamou atenção para a “guerra civil interna” no Brasil e propôs investimentos em educação e iniciativas de paz como soluções.
O senador também elogiou a atitude adotada pela Costa Rica, que aboliu seu exército em 1948 e direcionou seus recursos para o benefício da população.
— A Costa Rica mantém-se fiel a esse propósito e suas prioridades são outras: a educação do seu povo, a preservação do meio ambiente e a redução da pobreza extrema. Inclusive, um de seus Presidentes, Óscar Arias Sánchez, foi ganhador do Prêmio Nobel da Paz, pelas suas ações [em prol da] paz na América Latina, no ano de 1987. A guerra, no meu ponto de vista, é uma imbecilidade humana que sempre existiu e me parece que sempre existirá. Quanto mais se investe em armas, mas, faltarão recursos para combater a fome e a ignorância — protestou Confúcio.
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