A tão esperada seleção da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (SEAP BA) finalmente tem banca organizadora: a Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi a escolhida para realizar o concurso público que ofertará mais de mil vagas para o cargo de Policial Penal. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINSPPEB), Reivon Pimentel, e a oficialização do processo deve ocorrer nos próximos dias.
Expectativa e Ampliação do Concurso
O concurso, autorizado pelo governador Jerônimo Rodrigues em dezembro de 2023, era aguardado com grande expectativa por conta da carência de servidores no sistema prisional do estado. Inicialmente, previa-se que a seleção seria unificada com outros órgãos da administração pública baiana, conforme sugeriu o secretário da SEAP, José Antonio Maia. No entanto, ainda não há confirmações oficiais sobre essa possibilidade.
Detalhes do Concurso
O certame oferecerá 1.087 vagas para Policial Penal, sendo 287 para preenchimento imediato e 800 para cadastro de reserva. Os candidatos devem ter, no mínimo, ensino médio completo e carteira de habilitação na categoria "B" ou superior. A remuneração inicial estimada é de R$ 4 mil, mas o valor final ainda será confirmado.
Trajetória e Obstáculos Legais
A concretização do concurso da SEAP BA não foi isenta de desafios. A superlotação das unidades prisionais do estado, principalmente em Irecê e Brumado, levou o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspender parcialmente a proibição de terceirização nesses presídios em setembro de 2019. Essa decisão gerou uma série de embates jurídicos entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o governo baiano, até chegar ao STF.
Superlotação, Dignidade Humana e Compromisso Público
Ao reconhecer a urgência em solucionar a superlotação e as precárias condições do sistema carcerário baiano, o ministro Toffoli ressaltou a necessidade de realizar um concurso público para suprir o déficit de servidores. Essa medida, além de representar um avanço na gestão prisional, demonstra o compromisso do Estado com a dignidade da pessoa humana e a ordem pública.
FGV e Transparência
Com a FGV à frente da organização do concurso, a expectativa é por um processo transparente e justo, capaz de selecionar os melhores candidatos para contribuir com a segurança e a ressocialização no sistema penitenciário da Bahia. O concurso se configura como um passo crucial para enfrentar os desafios estruturais e judiciais que afetam as unidades prisionais do estado, como as de Brumado e Irecê.
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